Patologia da carótida
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v26i5.10784Palavras-chave:
Acidente Cerebral Vascular, Aterosclerose, Doença Carotídea, Inibidores da Agregação de PlaquetasResumo
A aterosclerose é responsável por cerca de 90% da doença cerebrovascular extracraniana. As placas ateroscleróticas ocorrem, preferencialmente, na bifurcação carotídea e a sua consequência mais temida é o acidente vascular cerebral (AVC), que constitui a primeira causa de morbilidade e incapacidade permanente na Europa. Considera-se, além disso, que é a segunda causa mais importante de demência, a causa mais importante de epilepsia nos idosos e uma causa frequente de depressão. Aproximadamente 80% dos AVC são isquémicos e dois terços resultam de doença aterosclerótica carotídea extracraniana, consequência de embolização de uma placa na bifurcação carotídea para os vasos intracranianos ou por baixo débito. O ecodoppler carotídeo está recomendado como exame de primeira linha no diagnóstico. Os objectivos do tratamento médico são a prevenção da oclusão ou da embolização arterial. As guidelines actuais para a prevenção do AVC incluem recomendações para alterações do estilo de vida e o controlo dos factores de risco. Na prevenção de eventos tromboembólicos em doentes com aterosclerose carotídea, os fármacos indicados são os antiagregantes plaquetários. O tratamento cirúrgico (endarterectomia ou stenting) está indicado em todos os doentes que apresentem uma estenose carotídea sintomática superior a 70%. Uma estenose carotídea assintomática, de 60 a 99%, apenas terá indicação para endarterectomia em doentes com alto risco para AVC, não estando demonstrada a indicação do stent carotídeo neste grupo. O Médico de Família deverá identificar os grupos de risco para esta patologia, promover a correcção dos factores de risco, fazer o diagnóstico precoce e instituir o tratamento médico recomendado, tendo conhecimento das indicações cirúrgicas para uma correcta referenciação a Cirurgia Vascular.Downloads
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