Cancro do cólon e do recto: Taxa de cobertura do rastreio e factores associados

Autores

  • Maria Espírito Santo Médica de Família, Unidade de Saúde Familiar Porta do Sol, Unidade Local de Saúde de Matosinhos.
  • Elisa Ribeiro Médica de Família, Unidade de Saúde Familiar Aqueduto, Agrupamento de Centros de Saúde Póvoa do Varzim / Vila do Conde (Grande Porto V).
  • Tânia Colaço Médica de Família: (visitante), Co-op Community Health Centre, Victoria BC, Canadá.
  • Teresa Gomes Médica de Família, Unidade de Saúde Familiar Corino de Andrade, Agrupamento de Centros de Saúde Póvoa do Varzim / Vila do Conde (Grande Porto V).

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v27i3.10856

Palavras-chave:

Cancro do Cólon e do Recto, Rastreio

Resumo

Objectivos: Determinar a taxa de cobertura do rastreio de cancro do cólon e do recto (CCR), segundo o Plano Oncológico Nacional, e analisar factores socio-demográficos associados à sua realização. Tipo de estudo: Observacional, analítico e transversal. Local: Unidade de Saúde Familiar (USF) Horizonte e Centro de Saúde (CS) de Vila do Conde/Modivas. População: Utentes inscritos nos USF Horizonte e CS de Vila do Conde/Modivas, com médico de família e idade compreendida entre 50 e 74 anos, no ano de 2006. Métodos: Amostra aleatória de 504 indivíduos. Colheita de informação por processo documental, relativa a idade, sexo, escolaridade, número de doenças crónicas e realização do rastreio. Utilizaram-se os testes qui-quadrado, t de Student e regressão logística binária (nível de significância de 0,05). Resultados: Amostra com idade média de 60 anos e 57,3% de mulheres. Obteve-se uma taxa de cobertura do rastreio de 24,6%. Apenas foi encontrada relação estatisticamente significativa entre o número de doenças crónicas e a realização do rastreio, sendo que com um aumento do número de doenças crónicas se verifica mais frequentemente a realização do rastreio. O aumento da idade também se relacionou com uma maior realização do rastreio; porém, quando ajustada para as outras variáveis, esta relação perdeu relevância estatística. Conclusões: A taxa de cobertura encontrada é concordante com valores revelados em estudos de outros países. No entanto, o sexo, a idade e a escolaridade não se relacionaram com diferenças na realização do rastreio. Quanto ao número de doenças crónicas, dever-se-á ter em conta que talvez o seu aumento leve a um maior número de consultas o que pode originar mais oportunidades de rastreio. A baixa taxa de cobertura do rastreio de CCR deverá ser estudada para determinar outras variáveis passíveis de influenciar a sua realização.

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Publicado

01-05-2011

Edição

Secção

Investigação Original

Como Citar

Cancro do cólon e do recto: Taxa de cobertura do rastreio e factores associados. (2011). Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 27(3), 290-5. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v27i3.10856

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