Prevalência de depressão nos internos de medicina geral e familiar da região sul de Portugal Continental: um estudo multicêntrico
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v32i1.11689Palavras-chave:
Internato, Medicina Familiar, DepressãoResumo
Objetivos: Determinar a prevalência de depressão e consumo de antidepressivos nos internos de medicina geral e familiar (MGF) da região sul de Portugal Continental e estudar a associação da depressão com sexo, idade, ano de internato, localização do centro de saúde e tipo de unidade de cuidados de saúde. Tipo de estudo: Observacional, transversal e descritivo. Local: Unidades de Saúde Familiar (USF) e Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) da região sul de Portugal Continental. População: Internos de medicina geral e familiar (MGF) da região sul do território português. Métodos: Envio de questionários de autopreenchimento por via eletrónica aos internos de MGF da região sul de Portugal continental. O instrumento de medição de depressão usado foi o Inventário Depressivo de Beck II. Os testes Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e Correlação de Spearman foram utilizados para avaliar associações de variáveis, considerando-se um nível de significância de 0,05 e intervalos de confiança a 95%. Resultados: A taxa de resposta foi de 33%, reunindo-se uma amostra de 216 participantes. Quase 80% dos inquiridos pertencem ao sexo feminino. A média de idades foi 30 anos. Os internos distribuem-se equitativamente pelos quatro anos de formação pós-graduada. A maioria (88,9%) desenvolve a sua atividade em USF e 61,1% trabalha na região de Lisboa. Cerca de 19% dos internos apresentam algum grau de depressão: 8,9% (4,7-13,0) com depressão leve, 6,9% (3,2-10,6) com depressão moderada e 2,9% (0,4-5,5) com depressão severa. Sete por cento estão medicados com antidepressivos. Os valores na escala de depressão não se relacionam com idade, sexo, ano de internato e tipo de unidade. Conclusões: O estudo representa o primeiro esforço de quantificação de depressão nos internos de MGF em Portugal e poderá configurar um ponto de partida para outros estudos no âmbito da saúde mental dos médicos que resultem em intervenções que tendam a melhorar a prática clínica dos mesmos.Downloads
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