Suplementação oral de magnésio na prevenção de cãibras musculares: revisão baseada na evidência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v36i1.12533

Palavras-chave:

Cãibra, Magnésio, Compostos de Magnésio

Resumo

Objetivo

Rever a evidência sobre a eficácia da suplementação oral de magnésio na prevenção de cãibras musculares sem patologia evidente associada, em indivíduos adultos.

Fontes de dados

National Guideline Clearinghouse, Canadian Medical Association Practice Guidelines Infobase, Guidelines Finder, The Cochrane Library, DARE, Bandolier, Evidence Based Medicine Online PubMed.

Métodos

Pesquisa realizada no dia 4 de julho de 2018 com os termos MeSH “Muscle Cramp”, “Magnesium” e “Magnesium Compounds” de meta-análises, revisões sistemáticas (RS), ensaios clínicos aleatorizados e controlados (ECAC), estudos de coorte e caso-controlo e normas de orientação clínica publicados desde 1 de janeiro de 2008 nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola. Para atribuir níveis de evidência (NE) e forças de recomendação foi utilizada a Strength of Recommendation (SOR)Taxonomyda American Academy of Family Physicians.

Resultados

Dos 47 artigos encontrados, seis cumpriram os critérios de inclusão: uma meta-análise (NE 2), quatro RS (NE 2) e um ECAC (NE 2). Não foram identificados estudos relativos a cãibras associadas ao exercício. Os estudos são consensuais na aparente ausência de eficácia do magnésio na prevenção de cãibras idiopáticas. Quanto às cãibras associadas à gravidez, a evidência é inconsistente. Contudo, o uso de amostras pequenas, períodos de follow-upcurtos e a heterogeneidade das metodologias (população, tipo de suplemento, posologia, outcomes) comprometem a extrapolação e reduzem a força das conclusões obtidas.

Conclusão

Perante a evidência encontrada, a suplementação oral de magnésio na população geral parece não ser eficaz na prevenção de cãibras idiopáticas (SOR B), não havendo evidência que suporte a sua prescrição por rotina na prática clínica. Nas cãibras associadas à gravidez a evidência da suplementação oral de magnésio não é clara (SOR B). Para obter conclusões mais robustas são necessários ECAC de melhor qualidade e com metodologias mais homogéneas.

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Biografias do Autor

  • Cátia Palha, USF Camélias, ACeS Gaia
    Interna de formação específica em Medicina Geral e Familiar
  • Miguel Gouveia, USF Nova Via, ACeS Espinho/Gaia
    Interno de formação específica em Medicina Geral e Familiar
  • Sara Guimarães Fernandes, USF Nova Via, ACeS Espinho/Gaia
    Interna de formação específica em Medicina Geral e Familiar

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Publicado

03-03-2020

Como Citar

Suplementação oral de magnésio na prevenção de cãibras musculares: revisão baseada na evidência. (2020). Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 36(1), 36-42. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v36i1.12533

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