Atendimento Complementar e Acessibilidade
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v18i5.9887Palavras-chave:
Atendimento Complementar, Acessibilidade ao Médico de FamíliaResumo
Antecedentes: Estima-se que determinado grupo de utentes recorra preferencialmente ao Atendimento Complementar (AC) em detrimento da consulta no seu médico (MF). Objectivos: Caracterizar o perfil de utentes do AC e analisar a eventual relação do recurso ao AC com a acessibilidade às consultas do Centro de Saúde (CS). Tipo de Estudo: Exploratório, transversal, descritivo e analítico. Local: Centro de Saúde da Alameda, Lisboa. População: Utentes observados consecutivamente no Serviço de Atendimento de Situações Agudas do Centro de Saúde da Alameda (AC), num período de 2 meses (Maio e Junho de 2000). Variáveis: Variáveis demográficas e indicadores indirectos de acessibilidade (listas de espera, período de evolução das queixas e última consulta no MF). Recolha de dados dos utentes observados no AC, num período de dois meses, com base nas fichas clínicas do AC e MF. Resultados: 974 utentes observados. Perfil do utilizador médio do AC: mulher, 33 anos, solteira, activa, inscrita no CS, com quadros agudos de curta evolução: infecciosos (46%), músculo-esqueléticos (13,8%). Os utentes mais idosos (medianas 27 e 40) tendem a ter queixas mais arrastadas quando procuram o AC, bem como os activos (Mann-Whitney p=0,001; x2 p=0,002). Não se comprovou que estes utentes tenham listas de espera mais longas, últimas consultas mais longínquas no MF e patologia crónica associada. A maioria consultou o seu médico nos 2 meses precedentes. Conclusões: O recurso ao AC parece ser determinado fundamentalmente pelo episódio agudo independentemente da acessibilidade ao MF.Downloads
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