Aleitamento materno: Estudo dos factores relacionados com o seu abandono
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v23i6.10424Palavras-chave:
Aleitamento Materno, Prevalência, Factores de RiscoResumo
Introdução: Com a crescente sensibilização dos profissionais que se dedicam à Saúde Infantil para os benefícios do aleitamento materno, tem-se assistido a discretas melhorias nas taxas de abandono. Objectivos: Conhecer a prevalência do aleitamento materno nos primeiros seis meses de vida na população utilizadora activa do Centro de Saúde de Barão do Corvo e analisar a sua relação com variáveis como idade, paridade, situação sócio-económica, profissional e educacional maternas, experiência de aleitamento anterior, nível de informação e aconselhamento e práticas dos profissionais de saúde. Métodos: Estudo observacional, analítico e transversal, sob a forma de questionário, aplicado às mães de crianças dos seis aos doze meses de idade que recorreram ao Centro de Saúde durante o mês de Março de 2003. Resultados: Foram recolhidos 91 questionários (15% da população dos 0-12 meses inscritos neste centro de saúde). À data da alta da maternidade, a prevalência de aleitamento materno exclusivo era de 98%, 56% no primeiro mês de vida (a maior percentagem de abandono) e 34% aos 6 meses de idade. Foram determinadas as frequências das razões apontadas para o abandono do aleitamento materno. O início de fórmula para lactentes foi indicado em 39% dos casos pelo pediatra. Foram identificados factores sócio-demográficos associados a menor duração da amamentação: primíparas, mães adolescentes, nunca ter amamentado, baixa escolaridade e ter feito suplemento com leite adaptado na maternidade. Conclusões: A prevalência do aleitamento materno ao nascimento é excelente, mas aos 6 meses fica muito aquém da meta proposta pela OMS de 50% de crianças em aleitamento materno exclusivo até esta idade. A identificação dos factores que na nossa população mais contribuem para o abandono precoce do aleitamento materno permitirá implementar estratégias de intervenção adequadas para a melhoria das taxas de aleitamento materno exclusivo, pelo menos nos primeiros 4 a 6 meses de vida.Downloads
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