Cuidados paliativos: Por detrás dos olhos de um estudante
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v25i2.10606Palavras-chave:
Cuidados Paliativos, Ensino Médico Pré-GraduadoResumo
No âmbito dos Cuidados Paliativos, a Medicina Paliativa é um conhecimento médico, científico, rigoroso e humanizado que trata o doente e a sua família nas diversas fases de uma doença crónica, progressiva e incurável. Durante o seu percurso académico, o estudante de Medicina centraliza o seu esforço no estudo biomédico aprofundado dos processos fisiopatológicos, do diagnóstico e terapêutica dirigida a doenças específicas. O currículo médico pré-graduado não contempla o ensino obrigatório de Cuidados Paliativos e raramente refere o indivíduo na sua vertente holística, embora existam recomendações, como é exemplo o texto intitulado «O Licenciado Médico em Portugal: Core Graduates Learning Outcomes Project» desenvolvido pela Faculdade de Medicina de Lisboa.1 Os jovens estudantes de Medicina são treinados predominantemente como cientistas biomédicos, incentivados a tornarem-se médicos de cura de doença, mais do que healers/cuidadores do doente como um todo. É desejável que a formação específica pré-graduada no âmbito de Cuidados Paliativos penetre lentamente a estrutura académica para que, idealmente no futuro, faça parte obrigatória do currículo médico, como aliás figura nas orientações da European Association of Palliative Care.2 Até que tal aconteça o autor, através da sua experiência pessoal, pretende fornecer algumas linhas orientadoras para ultrapassar os obstáculos apresentados ao jovem estudante de Medicina quando confrontado com a necessidade de transmitir e colocar em prática os princípios dos Cuidados Paliativos no seio das equipas médicas que integra e que não possuem conhecimento nesta área específica.Downloads
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