Derivação e validação de um modelo preditivo do perímetro abdominal

Autores

  • Cristina Marques Interna de Medicina Geral e Familiar, USF CSI, Seixal.
  • Rodrigo Neves Interno de Medicina Geral e Familiar, USF Eça, Barreiro.
  • Frederico Rosário Assistente de Medicina Geral e Familiar, UCSP Quinta da Lomba, Barreiro.

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v28i1.10914

Palavras-chave:

Perímetro Abdominal, Risco, Doenças Cardiovasculares, Modelo Linear

Resumo

Objectivo: analisar a relação entre o perímetro abdominal e as características dos utentes, e desenhar um modelo preditivo do perímetro abdominal. Tipo de estudo: observacional, transversal, analítico. Local: Unidades de Saúde Familiar (USF) Eça e Cuidados de Saúde Integrados Seixal; Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) Quinta da Lomba. População: utentes com = 20 anos, utilizadores da consulta destas unidades de saúde. Métodos: Amostra de conveniência, de utentes que frequentaram a consulta das USF entre Maio e Julho de 2009, e da UCSP entre Fevereiro e Abril de 2010. Os utentes foram caracterizados quanto a: idade, altura, peso, género e perímetro abdominal. A amostra colhida nas USF foi aleatoriamente dividida em dois grupos: dois terços para elaboração do modelo, um terço para determinação da validade interna. A elaboração do modelo foi efectuada com base num modelo de regressão linear múltipla, método stepwise, com probabilidade de entrada de 5% e saída de 10%. A amostra colhida na UCSP foi utilizada para validação externa. Resultados: a amostra das USF foi constituída por 493 utentes, 55,6% da USF Eça, 64,3% do género feminino. Média de idades 57,7 ± 0,8 anos, altura média 162 ± 0,4cm, IMC médio 27,3 ± 0,2kg/m2, e perímetro abdominal médio 93,8 ± 0,5cm. A comparação dos grupos de modelação e validação interna não revelou diferenças significativas pelo que se consideraram homogéneos. Elaborou-se um modelo preditivo do perímetro abdominal em que todas as variáveis se revelaram significativas, com um R2 = 0,772. O modelo apresentou validade interna de 92,7%. A aplicação do modelo ao grupo de validação externa, constituído por 240 utentes, mostrou que 93,8% destes tinham o seu perímetro abdominal no intervalo de 95% de confiança predito pelo modelo. Conclusões: As características individuais dos utentes podem ser utilizadas para estimar os seus perímetros abdominais.

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Publicado

2012-01-01

Como Citar

Marques, C., Neves, R., & Rosário, F. (2012). Derivação e validação de um modelo preditivo do perímetro abdominal. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 28(1), 26–32. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v28i1.10914

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