Saúde Mental: obstáculos e expectativas sentidos pelo médico de família
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v29i5.11163Palavras-chave:
Barreiras à Comunicação, Saúde Mental, Cuidados de Saúde PrimáriosResumo
Objectivos: Os obstáculos com que os médicos de família se deparam na sua prática clínica são uma fonte para mudanças e melhoria da qualidade na área da saúde mental a nível dos Cuidados Primários. Assim, pretendemos investigar os obstáculos e expectativas sentidos pelos médicos de família dos Agrupamentos de Centros de Saúde dos autores, na abordagem da patologia psiquiátrica. Tipo de Estudo: Observacional, transversal e descritivo. Local: Agrupamentos de Centros de Saúde dos investigadores. População: Médicos de família Métodos: Estudo realizado entre Julho e Novembro de 2011, através de um questionário de auto-preenchimento, elaborado pelos investigadores. Resultados: Participaram 131 médicos neste estudo. Os principais obstáculos na abordagem da patologia psiquiátrica referiram-se ao tempo inadequado de consulta disponível (63% consideram o tempo de consulta programada inadequado e 79% consideram o tempo de consulta não programada inadequado), à limitação no conhecimento de critérios de referenciação (49%) e de técnicas de comunicação na consulta (40%) e à relutância dos doentes na referenciação aos Cuidados Secundários (47%). Destacaram-se, como principais expectativas, a criação de critérios de referenciação (97%), melhoria do acesso a psiquiatras (60%) e psicólogos (33%), melhoria da interacção dos Cuidados Primários com o Serviço de Psiquiatria da área de referenciação (93%), nomeadamente através de consultadoria (96%) e sob a forma de reuniões com discussão de casos (73%). Conclusão: Este estudo demonstra a necessidade de se entender a patologia psiquiátrica como merecedora de maior tempo de consulta, de investir em formação pós-graduada e cursos na área da Saúde Mental e em promover sessões de esclarecimento e sensibilização para a patologia psiquiátrica, destinadas aos doentes.Downloads
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