Tratamento farmacológico da Paralisia Facial Periférica Idiopática: qual a evidência?

Autores

  • Ana Isabel Silva A.I.S.: Unidade de Saúde Familiar Nova Salus – ACeS Grande Porto VII - Gaia; Interna de Medicina Geral e Familiar
  • Tiago Magalhães T.M.: Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados Oliveira do Douro – ACeS Grande Porto VII - Gaia; Interno de Medicina Geral e Familiar

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v29i5.11164

Palavras-chave:

Paralisia Facial Periférica Idiopática, Paralisia de Bell, Corticosteroides, Antivíricos

Resumo

Objetivo: Rever o tratamento farmacológico mais eficaz, entre corticoides e antivíricos, na melhoria clínica da Paralisia Facial Periférica Idiopática. Fontes de dados: Pubmed, sítios de medicina baseada na evidência, Índex de Revistas Médicas Portuguesas e referências bibliográficas dos artigos selecionados. Métodos de Revisão: Foi realizada uma pesquisa de normas de orientação clínica, revisões sistemáticas, meta-análises (MA) e ensaios clínicos aleatorizados e controlados, publicados entre 01/2005 e 04/2012, em inglês e português, utilizando os termos MeSH: Glucocorticoids; Antiviral Agents; Bell Palsy; Facial Paralysis. Para avaliação dos níveis de evidência (NE) e atribuição de forças de recomendação foi utilizada a escala Strength of Recommendation Taxonomy (SORT) da American Family Physician. Resultados: Foram encontrados 181 artigos, dos quais foram selecionados sete MA. Três MA suportam de forma consistente e significativa o benefício clínico do uso de corticoide versus placebo (NE 1). O uso de antivíricos não foi melhor que o placebo em dois estudos (NE 2). A combinação de corticoide e antivírico foi semelhante ao corticoide isolado em dois estudos e em quatro estudos foi reportado um benefício da combinação relativamente ao uso isolado de corticoide, sem significado estatístico. Este benefício da combinação de corticoide e antivírico foi potencialmente mais relevante em casos de paralisia severa (NE 2). Conclusões: A corticoterapia continua a ser o tratamento com a melhor evidência clínica (Recomendação A). Não existe evidência de benefício dos antivíricos, isoladamente ou em associação com corticoides, no tratamento da Paralisia de Bell (Recomendação B). Em doentes com paralisia severa poderá, potencialmente, existir um pequeno benefício na adição de antivíricos à terapêutica com corticoides (Recomendação B). São de realçar as diversas limitações metodológicas, assim como a heterogeneidade dos estudos.

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Publicado

01-09-2013

Como Citar

Tratamento farmacológico da Paralisia Facial Periférica Idiopática: qual a evidência?. (2013). Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 29(5), 308-314. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v29i5.11164