Detecção precoce de displasia de desenvolvimento da anca - Revisão baseada na evidência
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v22i2.10228Palabras clave:
Displasia de Desenvolvimento da Anca, Deslocação Congénita da Anca, Rastreio, Diagnóstico, UltrassonografiaResumen
Introdução: A Displasia de Desenvolvimento da Anca (DDA) é a patologia da anca mais frequente na criança. A detecção precoce da DDA é muito importante para evitar intervenções invasivas. As estratégias para o rastreio de DDA são ainda controversas. Objectivo: Efectuar uma revisão baseada na evidência sobre quando, a quem e como fazer a detecção precoce da DDA e qual o seguimento a efectuar perante os seus resultados. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa na base de dados MEDLINE de: ensaios clínicos aleatorizados (randomized clinical trials - RCTs), meta-análises, estudos coorte e caso-controlo até Junho de 2005. Foram também revistas as recomendações de duas revisões sistemáticas: American Academy of Pediatrics e Canadian Task Force on Preventive Health Care. Aos artigos foram atribuídos níveis de evidência segundo a Strength of Recommendation Taxonomy. Foram incluídos no estudo 83 artigos. Resultados: São comparadas três estratégias para a detecção precoce de DDA: o exame clínico, a ultrassonografia (US) selectiva e a US universal. Apenas dois estudos RCTs foram realizados, não tendo sido detectadas diferenças estatisticamente significativas. Discussão: O exame clínico para a detecção de DDA deve ser feito a todos os recém-nascidos e durante a vigilância periódica infantil (recomendação B). Os factores de risco sexo feminino, história familiar positiva para DDA e apresentação pélvica ao nascimento devem ser considerados se os resultados do exame físico forem negativos ou duvidosos (recomendação A). Conclusões: Propõe-se um algoritmo de decisão, baseado na evidência. Mais estudos são necessários, nomeadamente mais RCTs que comparem a eficácia das três estratégias definidas.Descargas
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