Prescrição de psicofármacos em medicina geral e familiar: Um estudo na rede médicos-sentinela
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v23i1.10319Palabras clave:
Médicos-Sentinela, Prescrição, PsicofármacosResumen
A maior parte dos distúrbios mentais requer a instituição duma terapêutica com psicofármacos. Considerando a importância que a utilização dos psicofármacos assume actualmente e a escassez de informação publicada sobre este assunto, a Rede Médicos-Sentinela decidiu estudar o padrão de utilização deste grupo de fármacos. Material e Métodos: Este estudo foi realizado no âmbito da Rede Médicos-Sentinela, uma rede de médicos de clínica geral que participa, voluntariamente, em programas anuais de notificação contínua de doenças e de situações relacionadas com saúde, bem como em projectos de investigação clínica e epidemiológica. A recolha da informação para este estudo decorreu durante os meses de Janeiro, Fevereiro e Março de 2004. Resultados: Os diagnósticos «ansiedade», «depressão» e «perturbações do sono» motivaram a prescrição de psicofármacos, respectivamente, em 2556,6/105, 1.675,5/105 e 1.348,7/105 utentes. O medicamento prescrito a maior número de utentes foi o alprazolam (1.095,4/105) e dos antidepressivos, a fluoxetina (332,7/105). Mais de 95% dos utentes com o diagnóstico, exclusivo, de perturbações do sono, de ansiedade ou de ansiedade e perturbações do sono, foram medicados com psicofármacos do grupo dos psicolépticos (NO5). A 49% dos utentes com o diagnóstico, exclusivo, de depressão foram prescritos apenas antidepressivos (NO6A); em 38%, foram prescritos, simultaneamente, psicofármacos dos grupos NO5 e NO6A. Conclusões: A ansiedade, a depressão e as perturbações do sono foram, por ordem decrescente, os diagnósticos que mais frequentemente motivaram a prescrição de psicofármacos. O psicofármaco prescrito a maior número de utentes foi o alprazolam; e do sub-grupo dos antidepressivos foi a fluoxetina.Descargas
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