Maus tratos nos idosos - Abordagem nos cuidados de saúde primários

Autores/as

  • Isabel Costa Interna 2º ano de MGF, C.S. Soares dos Reis - USF Camélias
  • Ângela Pimenta Interna 2º ano de MGF, C.S. Castêlo da Maia - USF Viver Mais
  • Diana Brigas Interna 2º ano de MGF, C.S. Soares dos Reis - Unidade de Oliveira do Douro
  • Luísa Santos Interna 2º ano de MGF, USF Sete Caminhos - Gondomar
  • Sofia Almeida Interna 2º ano de MGF, C.S. Soares dos Reis - USF Nova Salus

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v25i5.10667

Palabras clave:

Elder Abuse, Primary Care

Resumen

Objectivo: O progresso da Medicina permitiu o aumento da esperança e qualidade de vida. Simultaneamente, as alterações nos contextos social e familiar modificaram o estatuto social do idoso. Estudos recentes revelam que a violência contra idosos está a aumentar em Portugal (dados da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima indicam aumento de 20,4% no total de idosos vítimas de crime, de 2006 para 2007). Para muitos idosos, a consulta no Médico de Família (MF) é a única oportunidade para detectar maus-tratos. Este trabalho tem como objectivo rever estratégias de prevenção, identificação e intervenção em situações de maus-tratos nos idosos, em cuidados de saúde primários (CSP). Fontes de dados: Medline e sites de medicina baseada na evidência. Métodos de revisão: Efectuou-se uma pesquisa de artigos de revisão e normas de orientação clínica na Medline e sites de medicina baseada na evidência (National Clearinghouse, The Cochrane Library, Bandolier), publicados entre 1998 e 2008, em português, inglês e espanhol, com as palavras-chave (termos MESH): «elder abuse» e «primary care». Resultados: Foram encontrados 13 artigos, dos quais foram seleccionados 7: 3 revisões sistemáticas, 3 ensaios clínicos aleatorizados e controlados e 1 norma de orientação clínica. Há vários tipos de maus-tratos: físicos; psicológicos; negligência; abuso económico e auto-negligência. A prevenção primária passa pela identificação dos factores de risco (FR), no idoso (comorbilidades, deterioração cognitiva, isolamento social...) e no cuidador (sobrecarga física e emocional, toxicodependência...). A prevenção secundária consiste na identificação dos maus-tratos (colocação de perguntas-chave, detecção de sinais de maus-tratos e avaliação da relação idoso-cuidador) e na instituição de medidas que evitem a sua perpetuação. O MF, em colaboração com enfermeiros, Assistentes Sociais e Psicólogos, poderá intervir de diversas formas: aconselhar frequência de centro-de-dia, apoio domiciliário, recurso a Unidades de Cuidados Continuados, etc. Conclusões: Os MF estão em condição privilegiada para reconhecer situações de maus tratos e intervir preventivamente, identificando idosos que necessitam de protecção ou famílias incapazes de prestar cuidados. Dada a falta de normas de orientação e de legislação específica, considera-se importante a realização de protocolos que poderiam potenciar a capacidade de intervenção nesta problemática, nos CSP.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Publicado

2009-09-01

Cómo citar

Maus tratos nos idosos - Abordagem nos cuidados de saúde primários. (2009). Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 25(5), 537-42. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v25i5.10667

Artículos más leídos del mismo autor/a