Hipericão na perturbação depressiva: revisão crítica de autor

Autores/as

  • Tiago Francisco da Cunha Costa USF Hygeia, ACeS Tâmega III - Vale do Sousa Norte http://orcid.org/0000-0003-1110-1571
  • Ana Filipa Paraíso USF Santa Luzia, ACeS Tâmega III – Vale do Sousa Norte
  • Daniela Marafona Pereira USF Salvador Lordelo, ACeS Tâmega II – Vale do Sousa Sul
  • Maria João Coelho USF Freamunde, ACeS Tâmega III – Vale do Sousa Norte

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v37i5.12962

Palabras clave:

Hipericão, Perturbação depressiva

Resumen

Objetivos: Rever a evidência existente quanto à eficácia, tolerabilidade e segurança do hipericão no tratamento da perturbação depressiva (PD).

Fontes de dados: NICE, Canadian Medical Association Infobase, PubMed – Clinical Queries, The Cochrane Library, BMJ, Bandolier e DARE – Centre for Reviews and Dissemination.

Método: Foi realizada a pesquisa de artigos científicos em plataformas online de medicina baseada na evidência, com as palavras-chave Hypericum e Depressive Disorder. A seleção dos artigos foi feita com base no título, ano de publicação e resumo.

Resultados: Foram incluídas nesta revisão duas normas de orientação clínica (NOC), três meta-análises (MA), duas revisões sistemáticas (RS) e um artigo original (AO). Uma NOC referiu que o hipericão pode ser usado como primeira linha na PD major ligeira a moderada e como tratamento adjuvante de segunda linha na PD major moderada a grave. A outra NOC não aconselha o seu uso. As MA e as RS concluíram que o hipericão apresenta uma eficácia superior ao placebo no tratamento da PD, sendo que duas MA e duas RS acrescentaram que não há aumento dos efeitos adversos. Duas RS referiram o risco de interações com outros fármacos. O AO também afirma a eficácia do hipericão nas mulheres na pós-menopausa.

Conclusão: Existe evidência quanto à eficácia do hipericão na PD ligeira a moderada. Os dados disponíveis parecem ser consistentes quanto à sua boa tolerabilidade, mas também quanto ao risco de interações com outros fármacos. As limitações da recomendação prendem-se essencialmente com o facto dos mecanismos de ação não estarem completamente esclarecidos.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Biografía del autor/a

  • Tiago Francisco da Cunha Costa, USF Hygeia, ACeS Tâmega III - Vale do Sousa Norte
    Médico Interno de Formação Específica de Medicina Geral e Familiar. USF Hygeia, ACeS Tâmega III – Vale do Sousa Norte
  • Ana Filipa Paraíso, USF Santa Luzia, ACeS Tâmega III – Vale do Sousa Norte
    Médica Interna de Formação Específica de Medicina Geral e Familiar. USF Santa Luzia, ACeS Tâmega III – Vale do Sousa Norte
  • Daniela Marafona Pereira, USF Salvador Lordelo, ACeS Tâmega II – Vale do Sousa Sul
    Médica Interna de Formação Específica de Medicina Geral e Familiar. USF Salvador Lordelo, ACeS Tâmega II – Vale do Sousa Sul
  • Maria João Coelho, USF Freamunde, ACeS Tâmega III – Vale do Sousa Norte
    Médica Interna de Formação Específica de Medicina Geral e Familiar. USF Freamunde, ACeS Tâmega III – Vale do Sousa Norte

Referencias

Apaydin EA, Maher AR, Shanman R, Booth MS, Miles JN, Sorbero ME, et al. A systematic review of St. John’s wort for major depressive disorder. Syst Rev. 2016;5(1):148.

Linde K, Kriston L, Rücker G, Jamil S, Schumann I, Meissner K, et al. Efficacy and acceptability of pharmacological treatments for depressive disorders in primary care: systematic review and network meta-analysis. Ann Fam Med. 2015;13(1):69-79.

Direção-Geral da Saúde. Portugal, Saúde mental em números – 2014. Lisboa: DGS; 2014.

Kasper S. Phytopharmaceutical treatment of anxiety, depression, and dementia in the elderly: evidence from randomized, controlled clinical trials. Wien Med Wochenschr. 2015;165(11-12):217-28.

Lantz MS, Buchalter E, Giambanco V. St. John’s wort and antidepressant drug interactions in the elderly. J Geriatr Psychiatry Neurol. 1999;12(1):7-10.

Canedo F, Gamboa A. Hipericão: interacções medicamentosas. Bol Farmacovigilância. 2000;4(1):3-4.

Ernst E, Rand JI, Barnes J, Stevinson C. Adverse effects profile of the herbal antidepressant St. John's wort (Hypericum perforatum L.). Eur J Clin Pharmacol. 1998;54(8):589-94.

Observatório de Interações Planta-Medicamento. Erva de S. João / Hipericão (Hypericum perforatum) [homepage]. Coimbra: Universidade de Coimbra; 2021. Available from: http://www.oipm.uc.pt/interacoes/index.php?target=list&search=plantas&start_at=20

Ravindran AV, Balneaves LG, Faulkner G, Ortiz A, McIntosh D, Morehouse RL, et al. Canadian Network for Mood and Anxiety Treatments (CANMAT) 2016 clinical guidelines for the management of adults with major depressive disorder: section 5. Complementary and alternative medicine treatments. Can J Psychiatry. 2016;61(9):576-87.

Scottish Intercollegiate Guidelines Network. Non-pharmaceutical management of depression in adults: a national clinical guideline [Internet]. Edinburgh: SIGN; 2010. Available from: https://www.ashlandmhrb.org/upload/non-pharmaceutical_management_of_depression_in_adults_-_nhs_-_a_national_clinical_guideline.pdf

Sarris J. Herbal medicines in the treatment of psychiatric disorders: 10‐year updated review. Phytother Res. 2018;32(7):1147-62.

Cipriani A, Barbui C, Butler R, Hatcher S, Geddes J. Depression in adults: drug and physical treatments. BMJ Clin Evid. 2011;2011:1003.

Eatemadnia A, Ansari S, Abedi P, Najar S. The effect of Hypericum perforatum on postmenopausal symptoms and depression: a randomized controlled trial. Complement Ther Med. 2019;45:109-13.

INFARMED. Plantas medicinais: interações medicamentosas. Bol Farmacovigilância. 2020;24(3):5-6.

Publicado

2021-11-08

Cómo citar

Hipericão na perturbação depressiva: revisão crítica de autor. (2021). Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 37(5), 436-444. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v37i5.12962