Quando um aneurisma se faz passar por cisto sebáceo: a propósito de um caso clínico
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v38i3.13356Palabras clave:
Artérias temporais, Aneurisma, Casos clínicosResumen
Introdução: Os aneurismas da artéria temporal superficial (ATS) não traumáticos são extremamente raros, constituindo cerca de 8% de todos os aneurismas da ATS. Apresentam-se habitualmente como uma massa pulsátil na região temporal ou parietal, frequentemente não dolorosa. Em termos etiológicos, a hipertensão e a arteriosclerose parecem ser as principais causas dos aneurismas não-traumáticos da ATS. Como diagnósticos diferenciais encontram-se o hematoma subcutâneo, doenças inflamatórias como a arterite de células gigantes, cisto sebáceo, entre outros. O tratamento dos aneurismas da ATS é cirúrgico. Considerando que se trata de uma entidade rara, com uma diversidade de diagnósticos diferenciais e sendo importante um diagnóstico atempado, este relato de caso é relevante para a prática clínica e tem como objetivo sensibilizar os colegas para esta patologia.
Descrição do caso: Mulher de 67 anos, que recorreu a consulta aberta devido a uma tumefação na região temporal direita com um mês de evolução, dolorosa e acompanhada por cefaleia temporal direita, com agravamento progressivo e sem resposta franca ao tratamento analgésico. Ao exame objetivo apresentava tumefação temporal direita, com cerca de 1,5cm, não pulsátil, dura, dolorosa à palpação, sem outros sinais inflamatórios. Sem alterações ao exame neurológico sumário. Realizou ecografia com estudo doppler que revelou aneurisma da ATS trombosado. A utente foi submetida a exérese cirúrgica do aneurisma sete dias após a observação inicial, sem intercorrências.
Comentário: O aneurisma da ATS não traumático é uma entidade extremamente rara. Na situação particular desta utente, a atipia da dor à palpação da tumefação, associada ao quadro de cefaleia localizada, levantaram no médico de família a suspeita de não se tratar de apenas mais um cisto sebáceo. Por este motivo, e apesar de raro, o aneurisma da ATS deverá ser sempre considerado em qualquer tumefação que surja de novo na região temporal.
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Referencias
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