Influência do ácido acetilsalicílico na pesquisa de sangue oculto nas fezes: revisão baseada na evidência
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v30i4.11349Palavras-chave:
Aspirina, Sangue Oculto, Desempenho Diagnóstico.Resumo
Introdução: A pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF) para rastreio do cancro colorretal (CCR) realiza-se num grupo etário que frequentemente toma ácido acetilsalicílico (AAS). A eficácia do rastreio CCR sob tratamento com AAS não está comprovada. Objetivos: Rever a evidência sobre impacto do AAS profilático no desempenho da PSOF no rastreio do CCR. Metodologia: Em fevereiro de 2013 pesquisaram-se guidelines, meta-análises, artigos de revisão e originais, na PubMed, sítios de Medicina Baseada na Evidência, Index de RMP e referências cruzadas dos artigos elegíveis. Utilizaram-se os termos MeSH “aspirin” e “occult blood” e correspondentes DeCS. As publicações consideraram-se elegíveis se comparavam o desempenho da PSOF de rastreio de CCR no grupo sob AAS versus sem AAS. Aplicou-se a STARD checklist e GATE frame para avaliação crítica dos estudos. Adotou-se a taxonomia de níveis de evidência (NE) do Oxford CEBM. Resultados: Dos 698 artigos obtidos foram elegíveis três estudos originais: um referente à PSOF pelo método guaiaco (NE 4) e dois pelo imunoensaio (NE 2; NE 4). Os estudos referentes ao imunoensaio são qualitativamente concordantes quanto à inexistência de diferenças estatisticamente significativas em termos de valor preditivo positivo (VPP). Um dos estudos analisou outras variáveis de desempenho, tendo detetado aumento da sensibilidade sob AAS mas não do desempenho global. Para o método guaiaco, os resultados sugerem de forma inconclusiva haver redução do VPP sob AAS. Conclusão: Não há evidência suficiente quanto ao impacto do AAS no desempenho global da PSOF pelo método guaiaco, podendo estar diminuído. Quanto ao imunoensaio, o impacto do AAS no desempenho global poderá ser nulo a benéfico.Downloads
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