Atendimento e capacidade comunicacional de médicos e enfermeiros a pacientes surdos na atenção primária à saúde, numa cidade de Minas Gerais, Brasil: estudo transversal
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v39i4.13649Palavras-chave:
Atenção primária à saúde, Comunicação, Línguas de sinais, Surdez, Concordância e adesão ao tratamentoResumo
Introdução: O vínculo profissional-paciente baseia-se na comunicação que respeita aspectos verbais e subjetivos. Entretanto, o conjunto de formas gestuais, conhecido como Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), não é compreendido por grande parte dos profissionais da área da saúde, comprometendo a qualidade e satisfação do atendimento ao paciente surdo.
Objetivo: Avaliar o atendimento e a capacidade comunicacional de médicos e enfermeiros a pacientes surdos na atenção primária à saúde (APS) numa cidade de Minas Gerais, Brasil.
Método: Estudo transversal quantitativo, de campo, observacional e descritivo, com uma amostra de 69 médicos e enfermeiros atuantes na APS num município no sul de Minas Gerais, Brasil. O questionário foi adaptado para a visão dos profissionais de saúde.
Resultados: Observou-se que 86,9% (n=60) dos profissionais possuem «Nada/Quase nada»” de domínio da LIBRAS, impossibilitando a compreensão da queixa do paciente surdo, observada em 43,5% (n=30) dos entrevistados. Assim, em consequência dessa dificuldade comunicacional, a procura por profissionais da saúde por parte dos surdos não é significativa, uma vez que 33,3% (n=23) dos profissionais nunca ou raramente os atendeu.
Conclusão: Conclui-se que a comunicação é a principal barreira na interação profissional-paciente surdo, dificultando a criação de vínculo, informação de diagnóstico e adesão ao tratamento.
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