Uma adolescente com espondilartrite e doença de Crohn
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v40i5.13970Palabras clave:
Espondilartrite, Doença de Crohn, AdalimumabResumen
Introdução: Este caso clínico descreve a jornada de uma adolescente que manifesta um quadro marcado por sintomas articulares e intestinais, permitindo evidenciar a relação entre espondilartrite e doença de Crohn.
Descrição do caso: Adolescente de 15 anos recorre à consulta com a sua médica de família por dor articular, nomeadamente gonalgia bilateral e lombossacralgia, tendo a marcha diagnóstica indiciado uma possível doença autoimune, suportada por marcadores inflamatórios alterados e critérios de sacro-ileíte em ressonância magnética nuclear. Posteriormente surgiu um quadro de diarreia e hemorragia retal, tendo a colonoscopia revelado pancolite e ulcerações. Principais diagnósticos, terapêutica e resultados: a avaliação inicial por reumatologia sugeriu os diagnósticos diferenciais de espondilartrite e artrite idiopática juvenil. Neste contexto foram introduzidos analgésicos anti-inflamatórios não esteroides e prednisolona. Solicitou-se a colaboração de gastrenterologia pediátrica que, após articulação conjunta com reumatologia e a medicina geral e familiar, enquadrou os sintomas gastrointestinais num diagnóstico provável de espondilartrite associada a doença de Crohn, optando-se pela terapêutica com adalimumab.
Comentário: Este caso destaca a importância da colaboração interdisciplinar na gestão de diagnósticos complexos e estabelecimento de estratégias terapêuticas adequadas em patologias autoimunes concomitantes. No âmbito da medicina geral e familiar, este caso reforça o papel do médico de família como gestor do doente e como elemento fulcral na aceitação da doença crónica pelo utente e sua família.
Descargas
Referencias
1. Karreman MC, Luime JJ, Hazes JM, Weel AE. The prevalence and incidence of axial and peripheral spondyloarthritis in inflammatory bowel disease: a systematic review and meta-analysis. J Crohns Colitis. 2017;11(5):631-42.
2. Ranasinghe IR, Tian C, Hsu R. Crohn disease [Internet]. Treasure Island: StatPearls Publishing; 2023 Jan [updated 2024 Feb]. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK436021/
3. Ossum AM, Palm Ø, Lunder AK, Cvancarova M, Banitalebi H, Negård A, et al. Ankylosing spondylitis and axial spondyloarthritis in patients with long-term inflammatory bowel disease: results from 20 years of follow-up in the IBSEN study. J Crohns Colitis. 2018;12(1):96-104.
4. Lim CS, Tremelling M, Hamilton L, Kim M, Macgregor A, Turmezei T, et al. Prevalence of undiagnosed axial spondyloarthritis in inflammatory bowel disease patients with chronic back pain: secondary care cross-sectional study. Rheumatology (Oxford). 2023;62(4):1511-8.
5. Danve A, Deodhar A. Axial spondyloarthritis in the USA: diagnostic challenges and missed opportunities. Clin Rheumatol. 2019;38(3):625-34.
6. Peyrin-Biroulet L, Loftus EV Jr, Colombel JF, Sandborn WJ. Long-term complications, extraintestinal manifestations, and mortality in adult Crohn’s disease in population-based cohorts. Inflamm Bowel Dis. 2011;17(1):471-8.
7. Tromm A, May D, Almus E, Voigt E, Greving I, Schwegler U, et al. Cutaneous manifestations in inflammatory bowel disease. Z Gastroenterol. 2001;39(2):137-44.
8. Abdesslem NB, Mahjoub A, Sayadi S, Zbiba W. Ocular manifestations of Crohn’s disease. Tunis Med. 2019;97(5):692-7.
9. Youssef J, Novosad SA, Winthrop KL. Infection risk and safety of corticosteroid use. Rheum Dis Clin North Am. 2016;42(1):157-76.
10. Mokhtare M, Valizadeh SM, Emadian O. Lower gastrointestinal bleeding due to non-steroid anti-inflammatory drug-induced colopathy case report and literature review. Middle East J Dig Dis. 2013;5(2):107-11.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Los autores otorgan a RPMGF el derecho exclusivo de publicar y distribuir en medios físicos, electrónicos, de radiodifusión u otros medios que pueda existir el contenido del manuscrito identificado en esta declaración. También otorgan a RPMGF el derecho de usar y explorar el presente manuscrito, es decir, de ceder, vender o licenciar su contenido. Esta autorización es permanente y entra en vigor desde el momento en que se envía el manuscrito, tiene la duración máxima permitida por la legislación portuguesa o internacional aplicable y tiene un alcance mundial. Los autores declaran además que esta transferencia se realiza de forma gratuita. Si la RPMGF informa a los autores que ha decidido no publicar su manuscrito, la cesión exclusiva de derechos cesa inmediatamente.
Los autores autorizan a RPMGF (oa una entidad que éste designe) a actuar en su nombre cuando considere que existe una infracción a los derechos de autor.