"E a mãe a insistir no amendoim"
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v25i2.10605Palavras-chave:
Aspiração de Corpo Estranho, Sufocação, BroncospasmoResumo
Introdução: A aspiração de corpos estranhos, mais comum nas crianças em idade pré-escolar, é um acidente que pode causar doença grave ou mesmo morte. Apresentando-se mais frequentemente por sufocação, tosse, sibilância, febre e alterações radiológicas, pode, contudo, não revelar qualquer sintoma ou sinal imagiológico, sendo a história clínica sugestiva um elemento chave no seu diagnóstico. Descrição do Caso: Criança de 20 meses, que, após episódio de sufocação com amendoins, inicia quadro de tosse e sibilância. Observada de imediato num serviço de urgência hospitalar, a hipótese de aspiração de corpo estranho não foi confirmada (com base na normalidade da radiografia pulmonar), sendo instituída terapêutica broncodilatadora. Como os sintomas persistiram, foi trazida a consulta urgente no Centro de Saúde ainda mais três vezes (sendo das duas últimas vezes de novo enviada ao Hospital). Na sequência da última destas consultas, ao 33º dia pós sufocação, realiza broncofibroscopia, confirmando-se a presença de corpo estranho brônquico (casca de amendoim), associado já a necrose da parede. Comentário: Com este caso pretende-se ilustrar a supremacia da anamnese, em detrimento da radiologia, nos casos suspeitos de aspiração de corpo estranho, alertando para as complicações decorrentes do atraso diagnóstico. Ilustra-se ainda a vantagem da articulação entre os vários de cuidados e a importância dos cuidados antecipatórios na consulta de Saúde Infantil.Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Os autores concedem à RPMGF o direito exclusivo de publicar e distribuir em suporte físico, electrónico, por meio de radiodifusão ou em outros suportes que venham a existir o conteúdo do manuscrito identificado nesta declaração. Concedem ainda à RPMGF o direito a utilizar e explorar o presente manuscrito, nomeadamente para ceder, vender ou licenciar o seu conteúdo. Esta autorização é permanente e vigora a partir do momento em que o manuscrito é submetido, tem a duração máxima permitida pela legislação portuguesa ou internacional aplicável e é de âmbito mundial. Os autores declaram ainda que esta cedência é feita a título gratuito. Caso a RPMGF comunique aos autores que decidiu não publicar o seu manuscrito, a cedência exclusiva de direitos cessa de imediato.
Os autores autorizam a RPMGF (ou uma entidade por esta designada) a actuar em seu nome quando esta considerar que existe violação dos direitos de autor.