Planeamento da gravidez na adaptação à transição para a maternidade de grávidas infectadas pelo VIH
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v28i2.10927Palavras-chave:
Planeamento familia, Adaptação, Psicológica, VIHResumo
Objectivos: Analisar a influência do planeamento da gravidez na adaptação à transição para a maternidade de grávidas infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH), comparativamente a grávidas sem condição médica associada. Tipo de estudo: Observacional, transversal, analítico, com avaliações em dois momentos: segundo trimestre de gravidez e dois a quatro dias após o parto. Local: Hospitais da Universidade de Coimbra: Área de Gestão Integrada de Saúde Materno-Fetal - Unidade de Intervenção Psicológica da Maternidade Doutor Daniel de Matos; Maternidade Doutor Alfredo da Costa (Lisboa). População: Noventa e oito mulheres: 47 grávidas seropositivas para o VIH e 51 grávidas sem condição médica de risco associada. Métodos: A adaptação à transição para a maternidade foi determinada pela aplicação às grávidas de três instrumentos de auto-preenchimento avaliando a sintomatologia psicopatológica (Brief Symptom Inventory), a reactividade emocional (Emotional Assessment Scale) e a qualidade de vida (WHOQOL-Bref). Foi analisada a associação entre a adaptação à transição para a maternidade e o planeamento, ou não, da gravidez, comparando-se esta análise em dois grupos: um de grávidas seropositivas para o VIH e outro de grávidas sem condição médica associada. Na análise foram usados métodos de estatística inferencial, sendo adoptado um nível de significância de 0,05. Resultados: Os resultados obtidos apoiam a hipótese de que a gravidez não planeada se encontra associada a maiores dificuldades de adaptação na transição para a maternidade e, de forma mais acentuada, entre as mulheres infectadas pelo VIH. No pós-parto, a ausência de planeamento da gravidez mostrou-se significativamente associada a maior sintomatologia psicopatológica, maior reactividade emocional negativa e menor qualidade de vida. Conclusões: Os resultados sublinham a importância de considerar o planeamento da gravidez na adaptação à gravidez e, sobretudo, ao pós-parto. Por conseguinte, reforçam também a importância de, por rotina, discutir os planos reprodutivos com as mulheres infectadas, previamente à decisão reprodutiva.Downloads
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