Carreiras médicas: A opinião dos médicos de família

Autores

  • Bernardo Vilas Boas Médico de Família USF Serpa Pinto - Comissão Nacional de MGF/FNAM
  • Susana Carvalho Médica de Família USF Serpa Pinto

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v24i2.10478

Palavras-chave:

Satisfação, Carreira Médica, Medicina Geral e Familiar

Resumo

Introdução: Face à inevitável mudança do regime vigente das carreiras médicas estabelecido pelo Decreto-Lei nº 73/90, é importante perspectivar a sua actualização. Objectivos: Avaliar o grau de satisfação relativamente à Carreira Médica de Medicina Geral e Familiar actual. Determinar a opinião dos médicos relativamente a: categorias e graus actuais; meios de recrutamento e selecção; regime de trabalho; remuneração; evolução na carreira. Tipo de estudo: Estudo observacional transversal. População: Médicos de Medicina Geral e Familiar presentes no 24º Encontro Nacional de Clínica Geral e visitantes do site da FNAM. Metodologia: Amostra de conveniência (n=181). Aplicação de um questionário de auto-preenchimento, disponibilizado no site da FNAM (n=101) em formato electrónico e no encontro de MGF em formato de papel (n=80). Resultados: Dos inquiridos, 40,9% estão insatisfeitos/muito insatisfeitos com as hipóteses de progredir na carreira e 58,6% estão insatisfeitos/muito insatisfeitos com a adequação do vencimento ao trabalho que executam; 48,1% estão satisfeitos/muito satisfeitos com as instalações e equipamentos disponíveis e 55,2% estão satisfeitos/muito satisfeitos com o acesso às novas tecnologias. Em relação às actuais categorias, 47,0% concordam com as categorias de Assistente, Assistente Graduado e Chefe de Serviço e 55,2% concordam com as actuais regras para recrutamento e selecção. Relativamente aos actuais graus, 43,6% concordam com os graus de Generalista e Consultor e 59,7% concorda com as actuais regras estabelecidas para a obtenção dos graus. Dos inquiridos, 76,2% concordam com a introdução do princípio da discriminação positiva ligada ao desempenho para a remuneração dos médicos. Em relação à evolução na carreira, concordam que a evolução se faça considerando a avaliação do desempenho individual (93,4%), da contribuição para os resultados da organização (86,7%), de conhecimentos (81,8%), da formação/actualização profissional (78,5%). Conclusão: Verifica-se global concordância com a legislação em vigor.

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Publicado

2008-03-01

Como Citar

Boas, B. V., & Carvalho, S. (2008). Carreiras médicas: A opinião dos médicos de família. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 24(2), 209–26. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v24i2.10478

Edição

Secção

Investigação Original