Tratamento da tosse associada a infecções do trato respiratório superior em crianças: Qual a melhor evidência?
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v26i2.10729Palabras clave:
Tosse, Infecção do Trato Respiratório Superior, Crianças, TerapêuticaResumen
Objectivos: Rever a evidência disponível sobre terapêutica da tosse associada a infecções do tracto respiratório superior em crianças entre seis e doze anos. Fontes de Dados: Foram consultadas as bases de dados National Guideline Clearinghouse, Canadian Medical Association Infobase, Publeg, Cochrane Library, Dare, Trip Database, National Library of Guidelines Specialist Library, Pubmed e Índex das Revistas Médicas Portuguesas e revistas as referências bibliográficas dos artigos relevantes. Métodos de Revisão: Foram pesquisadas as fontes de dados referidas, usando os termos MeSH child, cough, upper respiratory infection e therapeutic, e os respectivos DeCS, para obtenção de artigos escritos em Inglês, Espanhol, Francês ou Português publicados até Julho de 2008. Os estudos foram classificados usando a taxonomia Strenght of Recomendation Taxonomy (SORT). Excluíram-se estudos discordantes com objectivo, estudos noutras faixas etárias e aqueles relativos a condições clínicas que não ITRS. Resultados: Foram obtidos oitenta e dois estudos e seleccionados doze que cumpriam critérios de inclusão. Dos estudos analisados, nove mostraram que os anti-tússicos, os anti-histamínicos e as combinações anti-histamínico/descongestionante são ineficazes no tratamento da tosse. Outros dois, analisando uma combinação de anti-tússico e broncodilatador e um broncodilatador isolado mostraram ineficácia destas substâncias no tratamento da tosse e, noutro, não houve benefício no aumento da ingestão oral de fluidos. Dois estudos mostraram melhoria sintomática não significativa do sintoma com a utilização de xaropes pediátricos para a tosse. Para expectorantes e metilxantinas não foram encontrados estudos em crianças. Conclusões: Não há evidência da eficácia do uso de anti-tússicos, expectorantes, anti-histamínicos e hidratação oral abundante para o tratamento da tosse (SOR A). Não há evidência da eficácia dos broncodilatadores na diminuição deste sintoma (SOR B). Xaropes pediátricos usados no tratamento a tosse têm efeito pouco significativo na diminuição da mesma (SOR B). São necessários mais estudos aleatorizados controlados de boa qualidade acerca da terapêutica da tosse associada a ITRS nas crianças.Descargas
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