Tumor de Buschke-Löwenstein: uma (des)prevenção
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v39i5.12791Palabras clave:
Tumor de Buschke-Lowenstein, Infeção papilomavírus, Saúde da mulher, Medicina preventivaResumen
Introdução: O tumor de Buschke-Löwenstein é um tumor raro associado ao vírus do papiloma humano, sobretudo ao serotipo 6 e 11. Pode apresentar uma importante invasão local, com elevado impacto na qualidade de vida. A identificação precoce e tratamento das lesões de condiloma acuminado simples previne o seu desenvolvimento.
Descrição do caso: Utente de 49 anos, sexo feminino, casada, com seguimento em consulta de medicina geral e familiar (MGF) num hospital privado desde há vários anos. Em junho/2016 foi-lhe atribuída uma médica de família numa instituição pública, a quem começou a recorrer em situações de doença aguda. Em janeiro/2018 recorre a uma consulta de urgência com a sua médica de família por apresentar uma lesão vulvar e anal com cheiro fétido. Ao exame objetivo observam-se duas massas condilomatosas de grandes dimensões, com 9x6cm na região vulvar e 5x7,5cm na região perianal. Quando questionada sobre a evolução das mesmas refere que a lesão vulvar surgiu em 1992 e a lesão anal em 2015, tendo verificado um crescimento abrupto a partir de 2017. A utente foi esclarecida quanto a hipótese diagnóstica e o circuito que iria iniciar para a avaliação diagnóstica e orientação terapêutica. Foi encaminhada para a consulta de ginecologia do hospital de referência e posteriormente para o hospital oncológico. Perante o diagnóstico de tumor de Buschke-Löwenstein foi submetida a cirurgia radical com plastia vulvar, anal e colostomia de proteção. Após a cirurgia, a doente manifestou uma grande dificuldade em aceitar a sua imagem corporal, o que causou um grande impacto na sua saúde mental.
Comentário: O seguimento em consulta de saúde da mulher, uma valência da especialidade de MGF, poderia ter permitido uma identificação precoce da lesão de condiloma e alterado a história natural da doença, reduzindo a morbilidade física e mental da utente.
Descargas
Referencias
Venter F, Heidari A, Viehweg M, Rivera M, Natarajan P, Cobos E. Giant condylomata acuminata of Buschke-Lowenstein associated with paraneoplastic hypercalcemia. J Investig Med High Impact Case Rep. 2018;6:2324709618758348.
Rosen T, Callen J, Ofori A. Condylomata acuminata (anogenital warts) in adults: epidemiology, pathogenesis, clinical features, and diagnosis. In: UpToDate [Internet]; 2022 Dec 21 [updated 2023 Sep]. Available from: https://www.uptodate.com/contents/condylomata-acuminata-anogenital-warts-in-adults-epidemiology-pathogenesis-clinical-features-and-diagnosis
Caldo D. Tumor de Burschke-Loewenstein na região perianal: um caso clínico [(Burschke-Loewenstein tumor in perianal region: clinical case]. Rev Port Cir. 2010;II(13):39-42. Portuguese
Lévy A, Lebbe C. Prise en charge des tumeurs de Buschke-Löwenstein [Buschke-Löwenstein tumour: diagnosis and treatment]. Ann Urol. 2006;40(3):175-8. French
American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais - DSM-5. 5ª ed. Climepsi Editores; 2013. ISBN 9789727963478
Cabral AS, Paredes T. Distress e perturbações de adaptação. In: Albuquerque E, Cabral AS, editors. Psico-oncologia: temas fundamentais. Lidel; 2015. p. 195-204. ISBN 9789897521362
Renzi A, Giordano P, Renzi G, Landolfi V, Del Genio A, et al. Buschke-Lowenstein tumor successful treatment by surgical excision alone: a case report. Surg Innov. 2006;13(1):69-72.
Granja M. Rastreio oncológico: conceitos, orientações e práticas [Cancer screening: concepts, trends, and practices]. Acta Med Port. 2001;14(4):441-7. Portuguese
Lei no 48/90, de 24 de agosto. Diário da República. I Série;(195).
Botas P. Capacitação: uma ciência com arte [Enablement: a science with art]. Rev ADSO. 2013;1(1):13-6. Portuguese
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Los autores otorgan a RPMGF el derecho exclusivo de publicar y distribuir en medios físicos, electrónicos, de radiodifusión u otros medios que pueda existir el contenido del manuscrito identificado en esta declaración. También otorgan a RPMGF el derecho de usar y explorar el presente manuscrito, es decir, de ceder, vender o licenciar su contenido. Esta autorización es permanente y entra en vigor desde el momento en que se envía el manuscrito, tiene la duración máxima permitida por la legislación portuguesa o internacional aplicable y tiene un alcance mundial. Los autores declaran además que esta transferencia se realiza de forma gratuita. Si la RPMGF informa a los autores que ha decidido no publicar su manuscrito, la cesión exclusiva de derechos cesa inmediatamente.
Los autores autorizan a RPMGF (oa una entidad que éste designe) a actuar en su nombre cuando considere que existe una infracción a los derechos de autor.