As diferenças regionais na adesão ao regime remuneratório experimental dos médicos de clínica geral até janeiro de 2000

Autores/as

  • Cláudia Conceição Médica, Investigadora, Unidade de Sistemas de Saúde da Associação para o Desenvolvimento e Cooperação Garcia de Orta (AGO) e Centro de Malária e de Outras Doenças Tropicais (CMDT) da Universidade Nova de Lisboa;
  • Ana Rita Antunes Psicóloga, Investigadora, Unidade de Sistemas de Saúde da Associação para o Desenvolvimento e Cooperação Garcia de Orta (AGO) e Escola Nacional de Saúde Pública;
  • Wim Van Lerberghe Médico, Investigador, Unidade de Sistemas de Saúde da Associação para o Desenvolvimento e Cooperação Garcia de Orta e Professor, Departamento de Saúde Pública do Instituto de Medicina Tropical de Antuérpia, Bélgica;
  • Paulo Ferrinho Médico, Investigador, Unidade de Sistemas de Saúde da Associação para o Desenvolvimento e Cooperação Garcia de Orta (AGO), Centro de Malária e de Outras Doenças Tropicais (CMDT) e Professor,ENSP e Instituto de Medicina Preventiva, FCML

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v19i3.9937

Palabras clave:

Médico de Família, Sistema de Pagamento, Satisfação Profissional, Incentivos, Organização e Administração, Reforma do Sistema de Saúde

Resumen

Este trabalho explora as razões que levaram às diferenças regionais de adesão ao Regime Remuneratório Experimental (RRE) até Janeiro de 2000. Considerou-se «adesão» a apresentação de pré-candidaturas que são declarações de intenção de um grupo de médicos e que inicia um processo de negociação com a administração das condições necessárias ao desenvolvimento de um programa de trabalho. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas a uma amostra criteriosa de informadores chave que no ano de 1999 tiveram responsabilidades na concepção e implementação do RRE. A análise de conteúdo das entrevistas fez-se para as categorias: características do RRE, medidas tomadas para dar conhecimento e esclarecimentos sobre o RRE, lições aprendidas com o processo, remuneração de outras profissões da saúde, expectativas em relação à evolução do RRE, razões apontadas para a diferença regional de adesão. O estudo revela deficiências de comunicação entre os diferentes níveis da administração da saúde, pelas diferentes percepções do projecto que apareciam entre os que o conceberam e os que tinham responsabilidades na sua implementação. Por outro lado, parece ser possível ter responsabilidades de gestão do Serviço Nacional de Saúde e explicitamente ignorar os programas e estratégias nacionais. Os factores apontados para as diferentes adesões regionais são essencialmente de dois tipos: os relacionados com características locais e os relacionados com o empenhamento do nível administrativo da saúde e com a assumpção explicita ou não do RRE como prioridade. Muito provavelmente, as diferentes adesões terão mais relação com a determinação das administrações que com factores locais. Para este projecto a abertura e disponibilidade da parte da administração era fundamental. Parece necessário tornar mais claro o processo pelo qual se determinam prioridades a nível nacional, pensar a forma como são envolvidas as pessoas na definição de projectos que terão que implementar e como melhorar a comunicação entre os diferentes níveis da administração da saúde. É essencial desenvolver mecanismos de comprometimento dos gestores do Serviço Nacional de Saúde com as estratégias nacionais, acopladas a mecanismos de responsabilização desses mesmos gestores.

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Publicado

2003-05-01

Cómo citar

As diferenças regionais na adesão ao regime remuneratório experimental dos médicos de clínica geral até janeiro de 2000. (2003). Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 19(3), 227-36. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v19i3.9937

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