Estudo da prevalência da diabetes e das suas complicações numa coorte de diabéticos portugueses: Um estudo na rede médicos-sentinela
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v24i6.10566Palavras-chave:
Diabetes, Prevalência, Complicações, Terapêutica, Rede Médicos-SentinelaResumo
Objectivos: Caracterizar uma coorte de diabéticos em relação ao sexo e idade; estimar a prevalência de diabetes de tipo 1 e 2; caracterizar os diabéticos de tipo 2 em relação à terapêutica prescrita, hábitos tabágicos e alcoólicos, ida à consulta de oftalmologia e a alguns dados bioquímicos e biométricos; estimar a prevalência das complicações da diabetes de tipo 2. Tipo de Estudo: Fase transversal, com a duração de 1 ano, de um estudo de follow up com a duração de 3 anos. Local: Utentes de vários Centros de Saúde. População: Utentes diabéticos inscritos nas listas de 66 médicos de família que colaboram com a Rede Médicos-Sentinela, num total de 4.583. Métodos: Inquérito feito aos médicos sobre os utentes diabéticos inscritos nas respectivas listas. Os dados foram analisados no Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Resultados e Conclusões: A taxa de prevalência de diabetes de tipo 1 foi estimada em 0,1% e a de tipo 2 em 5,4%.A terapêutica mais frequente associada à diabetes foi a da hipertensão, em 3.265 (75,5%) casos.A interpretação dos resultados relacionados com as complicações da diabetes deve ser cuidadosa, uma vez que o número de casos é reduzido. Identificaram-se complicações da diabetes em 816 (18,7%) diabéticos de tipo 2, sendo a retinopatia diabética a mais frequente, em 356 (11,4%) casos. Uma vez que apenas cerca de metade (1.790; 48,7%) dos diabéticos tinha ido à consulta de oftalmologia no ano anterior, poder-se-á estar a subestimar a prevalência desta complicação. Apesar do grande volume de dados, sabe-se que vários factores poderão ter enviesado os resultados, pelo que deverão ser considerados como valores mínimos.Downloads
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