Polimedicação: um estudo de prevalência nos Centros de Saúde do Lumiar e de Queluz

Autores

  • Paula Silva Interna do 3º ano do Internato Complementar de Clínica Geral, Centro de Saúde do Lumiar
  • Sónia Luís Interna do 3o ano do Internato Complementar de Clínica Geral, Centro de Saúde de Queluz
  • André Biscaia Assistente de Clínica Geral, Centro de Saúde de Cascais

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v20i3.10041

Palavras-chave:

Polimedicação, Multipatologia, Produtos Naturais, Autopercepção de Saúde

Resumo

Objectivos: Estudar a prevalência da polimedicação e do consumo de produtos naturais em dois grupos etários: os adultos e os idosos. Tipo de estudo: Estudo observacional transversal. Local: Centro de Saúde do Lumiar, em Lisboa, e Centro de Saúde de Queluz, em Sintra. População: Utentes inscritos nos centros de saúde com mais de 40 anos de idade. Métodos: De um total de 37.434 utentes inscritos foi extraída uma amostra aleatória de 583. A amostra foi estratificada por sexo e grupos etários (40-64 anos; 65 ou mais anos). As variáveis estudadas foram idade, sexo, escolaridade, profissão, situação face à profissão, consumo crónico de fármacos, consumo de produtos naturais e autopercepção de saúde. Foi utilizado o progama estatístico StatView, tendo-se aplicado o teste de hipóteses de Pearson. Resultados: Foram entrevistados telefonicamente 571 utentes, sendo 55,7% mulheres. A idade média foi de 58,2±11,1. O consumo médio de fármacos, por um período superior a três meses, foi para o total da amostra de 2,2±0,1, estando os idosos medicados, em média, com 3,9±0,2 fármacos. A prevalência de consumo simultâneo de dois a quatro fármacos (polimedicação minor), na amostra total, foi de 30,8% e de cinco ou mais fármacos (polimedicação major) de 17,2%. A polimedicação minor (39,6%) e major (37,1%) foi superior na população idosa (p<0,001) assim como, a prevalência de polimedicação major (21,1%) no sexo feminino (p<0,005). A prevalência do consumo de produtos naturais foi de 28,3%. A autopercepção do estado de saúde foi predominantemente classificada como «razoável» e «boa», sendo pior nos idosos e nas mulheres (p<0,001). Conclusão: Obtiveram-se prevalências de polimedicação elevadas, principalmente nos idosos e nas mulheres. Tendo em conta as possíveis interacções medicamentosas entre fármacos, e entre estes e os produtos naturais, o médico de medicina geral e familiar deverá criar estratégias preventivas e de intervenção para reduzir a polimedicação.

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Publicado

01-05-2004

Edição

Secção

Investigação Original

Como Citar

Polimedicação: um estudo de prevalência nos Centros de Saúde do Lumiar e de Queluz. (2004). Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 20(3), 323-36. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v20i3.10041

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