O álcool e os jovens
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v24i2.10488Palabras clave:
Jovens, Álcool, Binge Drinking, SinistralidadeResumen
O consumo excessivo de álcool é uma ameaça à saúde pública mundial segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). O consumo de risco está a generalizar-se na juventude europeia. Um quarto dos jovens europeus dos 15 aos 29 anos morre devido ao álcool em excesso. Portugal é uma dos países de maior consumo mundial. Assiste-se ao início do consumo em idades muito precoces (13 anos), na generalização do consumo excessivo nas raparigas, e na adopção muito frequente do consumo tipo «binge drinking» (bebedeira, embriaguez). Este tem consequências muito graves. O álcool provoca cerca de 60 doenças, sendo as de maior impacto em Portugal a cirrose alcoólica e as mortes por acidentes de viação, estas particularmente nos jovens. A cirrose hepática é a décima causa de morte e cerca de 2/3 são de etiologia alcoólica. As mortes por acidentes de viação são de longe a principal causa de morte nos jovens portugueses. Noventa por cento dos acidentes mortais estão relacionados com o factor humano e estima-se que em metade o álcool em excesso esteja na origem do acidente mortal. As medidas a tomar para reduzir os danos do consumo de álcool devem assentar na informação. No entanto, para se ter resultados em termos imediatos, na vertente de evitar algumas mortes, a repressão do consumo de álcool associado à condução nos jovens, não só no aspecto preventivo (aumentar a frequência do teste do balão), como também punitivo (aplicação efectiva e exemplar da lei) é a medida comprovadamente mais eficaz. Estas medidas permitiram salvar milhares de vidas nos países onde têm sido aplicadas, como por exemplo no Reino Unido.Descargas
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