Terapêutica farmacológica na pré-diabetes
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v25i6.10690Palabras clave:
Diabetes Mellitus Tipo 2, Estado Pré-diabético, TerapêuticaResumen
Objectivos: A diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é um problema de saúde associado a aumento da morbimortalidade e custos. É frequentemente precedida por estados metabólicos alterados, alteração da glicemia em jejum (AGJ) e diminuição da tolerância à glicose (DTG). Está demonstrado que alterações do estilo de vida em doentes com DTG diminuem a sua incidência. O uso de alguns fármacos parece prevenir ou atrasar a progressão da doença, mas existem dúvidas sobre o seu real benefício. Pretende-se determinar a evidência de benefícios para o doente com a terapia farmacológica nos estados pré-diabéticos. Fontes de dados: Foi realizada uma pesquisa sistemática, na National Guideline Clearinghouse, Bandolier, DARE, NHS e Medline, de artigos publicados entre Janeiro de 1998 e Setembro de 2008, em língua portuguesa, inglesa e espanhola, usando as palavras «prediabetic state», «prediabetes» e «therapeutics». Métodos de revisão: Obtiveram-se 103 artigos que comparavam a intervenção farmacológica com placebo ou alterações de estilo de vida em doentes pré-diabéticos. Utilizou-se a classificação SORT para atribuição do nível de evidência e força de recomendação. Resultados: Foram incluídos 9 artigos: 4 normas de orientação clínica, 1 meta-análise, 3 revisões sistemáticas e 1 ensaio controlado aleatorizado. Alguns antidiabéticos orais (metformina, acarbose e glitazonas) e o orlistat mostraram uma redução no risco de desenvolvimento de diabetes em doentes pré-diabéticos, ficando por esclarecer se esse benefício se mantém após a sua suspensão. A acarbose mostrou diminuir a progressão do espessamento da íntima das carótidas. Conclusões: Apesar de alguns antidiabéticos orais e o orlistat terem demonstrado diminuir o risco de desenvolvimento de diabetes em doentes pré-diabéticos, não há evidência que demonstre haver benefícios orientados para o doente na sua utilização, uma vez que nenhum dos estudos avaliou como endpoint primário a morbimortalidade e seu custo-eficácia. Encontram-se em curso alguns estudos que pretendem esclarecer estes pontos.Descargas
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