Carcinoma colorretal nos cuidados de saúde primários em Portugal: indicadores de rastreio e frequência

Autores/as

  • Luiz Miguel Santiago Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Clínica Universitária de Medicina Geral e Familiar da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra USF Topázio, ACES Baixo Mondego http://orcid.org/0000-0002-9343-2827
  • José Miguel Paiva Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v37i3.12790

Palabras clave:

Neoplasia colorretal, Rastreio, Colonoscopia, Pesquisa de sangue oculto nas fezes, Indicadores de saúde

Resumen

Introdução: O carcinoma colorretal (CCR) é a terceira neoplasia com maior incidência no mundo e a que mais vezes é diagnosticada em Portugal. A sua incidência pode ser controlada através de programas de rastreio. A plataforma BI-CSP congrega informação diversa relativa à atividade clínica nos cuidados de saúde primários em Portugal. O presente trabalho teve como objetivo verificar a relação entre a proporção de utentes com idade entre 50-75 anos com rastreio de cancro colorretal efetuado e a proporção de utentes com novo diagnóstico e a sua prevalência de cancro do cólon e reto em Portugal nos anos de 2017 e 2018, com base no BI-CSP pelo total nacional por região e por ACeS selecionados para ser percebida a distribuição dos valores da região com os ACeS selecionados.

Materiais e Métodos: Foi consultada a matriz de indicadores do BI-CSP, sendo selecionados os indicadores 2013.046.01 FL, MORB.245.01 FL e MORB.217.01 FL. Para cada um deles estudaram-se os anos de 2017 e 2018 à data de 31 de dezembro, colhendo-se dados por total nacional, por Administração Regional de Saúde e, nestas, por Agrupamento de Centros de Saúde.

Resultados: A proporção de utentes elegíveis rastreados aumentou de 47,01% para 50,90%, de 2017 para 2018. Identificou-se, para o ano de 2017, diferença estatisticamente significativa (p<0,001) na análise por região. A incidência de cancro colorretal reduziu 0,02% entre os anos em estudo, tendo a prevalência aumentado 0,03%.

Discussão: Proporção de utentes rastreados, incidência e prevalência estarão na dependência de múltiplos fatores. Na ausência de mais dados salienta-se a existência de plataforma agregadora.

Conclusão: O aumento da proporção de indivíduos rastreados fica ainda aquém do desejável. Deverá prosseguir o desenvolvimento de trabalho de contínua monitorização dos resultados disponíveis.

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Biografía del autor/a

Luiz Miguel Santiago, Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Clínica Universitária de Medicina Geral e Familiar da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra USF Topázio, ACES Baixo Mondego

Luiz Miguel de Mendonça Soares Santiago é Licenciado em Medicina pela Universidade de Coimbra desde 1979, Mestre em Saúde Pública pela Universidade de Coimbra desde 2006 e Doutorado por unanimidade com distinção e louvor, pela Universidade de Coimbra, na Especialidade de Sociologia Médica, ramo de Medicina Preventiva e Comunitária desde 11/11/2009.

É desde1/7/2017 Professor Associado da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, regendo as Unidades Curriculares de MISP IV, 3º Ano e de Medicina Geral e Familiar, 5º Ano.

Desde 30 de Janeiro de 2018 tem o título de "Agregado".

Médico, especialista em Medicina Geral e Familiar, é Consultor com o Grau de Assistente Graduado Sénior da Carreira de Medicina Geral e Familiar desde 2002, sendo orientador no Internato Complementar de Medicina Geral e Familiar desde 2006, tendo exercido na Unidade de Saúde Familiar Topázio em Coimbra, onde ainda continua actividade clínica, agora reduzida.

Professor Associado Convidado da Universidade da Beira Interior, onde é regente das cadeiras de CSP I, II e III entre 2011 e 2017.

Desde 2014 até 2017 foi Professor Adjunto Convidado da Coimbra Health Scholl lecionando Patologia Geral.   

Membro da Academia Europeia de Professores em Medicina Geral e Familiar (EURACT) é orientador de Teses de Mestrado Integrado e de Mestrado Pré-Bolonha bem como de Doutoramento, na Universidade de Coimbra (2) e na Universidade da Beira Interior (6).

É membro da Comissão de Ética da ARS do Centro.

Tem vasta bibliografia publicada individualmente e em co-autoria em revistas nacionais e internacionais com “revisores-par” e indexadas (27 artigos).

Desde março de 2017 é membro investigador do CEISUC, FEUC.

Em Novembro de 2017 é eleito sócio correspondente da Academia Nacional de Medicina.

Aguarda a marcação de Provas de Agregação a serem prestadas na Universidade da Beira Interior.

Publicado

2021-07-02

Cómo citar

Santiago, L. M., & Paiva, J. M. (2021). Carcinoma colorretal nos cuidados de saúde primários em Portugal: indicadores de rastreio e frequência. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 37(3), 205–12. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v37i3.12790

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